sábado, 25 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Seu pescoço estava ao alcance de meus lábios mornos. Sua boca aveludada abria e fechava com sua respiração irregular, deixando escapar seu hálito tépido, seu gosto de amora e manhã. Seria tão fácil alcançá-la com meu rosto, marcar o seu corpo, dançar meus dedos sobre sua pele fria.
Mas minha face, minhas mãos, minhas pernas e meu tronco cessaram movimento assim que seus olhos voltaram-se para mim. Sorria enquanto meu coração disparava sua melodia mais sombria. Levantou. Sorriu outra vez. Meus dedos imploravam por movimento, por um toque, pelo passear sobre a pele macia, sobre as curvas suaves, sobre ela. Caminhou até a porta.
Pudera tê-la prendido em meus braços, ter implorado que ficasse, ter feito do quase - tudo, tudo.