sexta-feira, 22 de junho de 2012

Com seu sorriso em meu ombro, seu cabelo em meu rosto, seus braços me aninnhando, parece tão natural não estar quebrada, não me desesperar e construir destroços para escapar de mim.
Com seu gosto em minha boca, suas marcas em minha pele, seu cheiro em minhas roupas, se desfazem minhas inexistências, meus vazios e meus esconderijos. E eu já não me importo mais, já não vejo mais, aquilo que por tanto tempo foi tudo que me permiti ver.
Com sua voz ainda soando no ar, com seus olhos em frente aos meus, com meus dedos dançando por seus traços, parece não haver mais abismos, peças quebradas, inseguranças e desejos de desaparecer. Só consigo sentir que entre seus braços encontrei meu melhor abrigo, encontrei toda calma e beleza, toda força e certeza que nunca imaginei um dia ter.

terça-feira, 12 de junho de 2012

"Quero me derreter dentro dela, como manteiga numa torrada. Quero absorvê-la e andar por aí pelo resto dos meus dias com ela incrustada em minha pele."
Água para Elefantes

domingo, 10 de junho de 2012

Esse frio na barriga a cada virar de esquina, a cada telefone que toca, a cada passo desconhecido, a cada segundo que passa. Essas melodias que me domam, que me levam pra longe de mim, pra perto de nós. Essas palavras que se inozam em meus dedos, que se recusam a desabitar meu corpo, que me recuso a permitir que o deixem.
Essa pressa em dizer tudo, em transparecer em ti. Essa impaciência por desconhecer, por não conseguir retratar a arritmia, a insônia, os arrepios, e a própria pressa de tê-la em meus braços outra vez. Essa ira por não encontrar em mim algo que descreva a maneira doce com que meus olhos enxergam você.

sábado, 9 de junho de 2012

Abraçá-la e sentir que, nesse espaço estreito entre meus braços, guardo tudo.  Beijá-la e desejar que seu gosto prenda em mim. Respirá-la, tentando conservar o aroma de sua pele, o perfume de seus cabelos. E querer que não tenha fim, que sempre seja nós, que sempre exista essa doce arritmia a me guiar.