Setembro chegou leve, trazendo em suas mãos fechadas, esses pedaços de mim há tanto tempo perdidos. Trouxe também, em seus olhos calmos, a pressa de um quase-amor, de beijos roubados das paredes, fronhas, espelhos e mãos.
Setembro trouxe o querer seus cachos entre meus dedos, a vermelha tinta de seus lábios marcando minha nuca, suas unhas delicadamente arranhando minha pele, seus pés frios entre minhas pernas mornas, sua boca delineando meu rosto.
Setembro trouxe falta de ar, borboletas valsando calmas em meu estômago, seu rosto cochilando em frente ao meu, seus cílios longos e claros, seus vestidos floridos e seus sapatos pequenos.
Setembro trouxe quase tudo, só esqueceu de trazer você.
...e assim se vai setembro, mas sempre com a esperança que um dia traga esse tão sonhado amor.
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