Que, com o outono que vem de mansinho, venha você, com suas malas sem alças, com suas pesadas bagagens de mão, com seu excesso de roupas, suas mãos frias e seu abraço pra me aninhar. Que, junto com as folhas secas em frente ao portão, venham seus passos apressados pra me tirarem pra dançar.
terça-feira, 27 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
Aperto os lábios, fecho os olhos e conto até cem. Não quero que transborde, não quero que fujas de mim. Quero que seu gosto continue a valsar em minha boca, que seu cheiro continue impregnado em minha pele, que nossos dedos continuamente se entrelacem. Quero-te viva em mim como se nunca tivéssemos dito adeus.
sexta-feira, 16 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Apago as luzes. Entreabro a janela. Arrasto os móveis, escondo os tapetes.
Preciso de ar. Preciso de espaço.
Fecho meus olhos. Escancaro meu peito.
Passeio os dedos pela cama desfeita, pelas prateleiras empoeiradas, pelo assoalho frio, pela porta trancada.
Passeio os dedos por meus cachos, minhas coxas, ombros, seios e braços.
Passeio os dedos por sua eterna ausência, por seus lábios que próximos aos meus desejo ter.
Passeio por sua voz rouca dançando em minha orelha, por seus fios negros encontrando sua pele pálida, por sua boca macia e seu gosto amargo.
Passeio por nossos cinzeiros, nossos cafés e livros.
Passeio por nossos poucos passos, por todos nossos descompassos.
Passeio por nossas respirações irregulares, nossas banheiras que transbordam, nosso amor que nem a gente alcança.
Preciso de ar. Preciso de espaço.
Fecho meus olhos. Escancaro meu peito.
Passeio os dedos pela cama desfeita, pelas prateleiras empoeiradas, pelo assoalho frio, pela porta trancada.
Passeio os dedos por meus cachos, minhas coxas, ombros, seios e braços.
Passeio os dedos por sua eterna ausência, por seus lábios que próximos aos meus desejo ter.
Passeio por sua voz rouca dançando em minha orelha, por seus fios negros encontrando sua pele pálida, por sua boca macia e seu gosto amargo.
Passeio por nossos cinzeiros, nossos cafés e livros.
Passeio por nossos poucos passos, por todos nossos descompassos.
Passeio por nossas respirações irregulares, nossas banheiras que transbordam, nosso amor que nem a gente alcança.
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