domingo, 10 de março de 2013



Quem de nós restará quando nossa canção não mais tocar? O que sobrará de minha calma quando, em meio à ciranda, sua alma encontrar outra melodia para brincar? Que tom tomará meus olhos quando o reflexo dos seus os abandonar? Por onde andará minha voz quando a sua se calar? Que textura terá minha pele quando de seu toque não mais lembrar? Que sabor terão meus beijos quando sua boca não mais os guardar? 
Quem atenderá a campainha para quem não volta? Quem abrirá a porta para quem se recusa a entrar? Quem calará o silêncio quando seu barulho incomodar? Quem sobreviverá quando o vazio chegar?

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