domingo, 28 de julho de 2013



Traços da lua, sem sequer pedir licença, atravessam a vidraça e tiram nossos corpos pra brincar. Dançam por sua pele, vestindo de claridade a nudez de seu torso. Contornam delicadamente o perfeito desenho de seu ventre e seios, de suas finas coxas, das macias mechas negras que gracejam em seus ombros e pescoço.
Valsam pelas maçãs de seu rosto, beijando-lhe as têmporas, acariciando-lhe a boca macia, os olhos grandes com seu olhar febril de quem cria infinitos particulares e neles deixa que transborde o amar.
A lua festeja por seus braços pequenos, pela doce fortaleza de suas mãos presas as minhas.
E a cada toque nosso, seus feixes se perdem sem saber quem é quem: desenhando na escuridão dois corpos como sendo um só.

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